Conhecer outros países significa enfrentar alguns choques culturais, especialmente em relação à gastronomia. A oferta de alimentos, que depende de fatores naturais e históricos, varia bastante. Além disso, cada cultura tem uma relação diferente com a comida, que pode refletir aspectos religiosos e sociais. É sempre importante estar disposto a experimentar. Afinal de contas, conhecer a culinária local é parte fundamental de uma boa viagem. Mas nem sempre é possível superar as barreiras culturais ao sentar-se à mesa, especialmente quando o preparo das receitas inclui ingredientes impensáveis para nós. Reunimos em uma lista alguns desses alimentos, que são considerados completamente esquisitos por brasileiros.
O prato milenar, preparado à base de nariz de alce, foi consumido por diferentes povos ao longo da história, em especial na região onde se encontra o Canadá. Primeiro, o corte é cozido por aproximadamente uma hora, para retirada do pelo e pele do animal. Depois, é cozido novamente com temperos, cebola e vinagre. O resultado é uma carne de aspecto gelatinoso.
O bicho-da-seda é uma iguaria comum na Coreia. Em uma de suas versões mais comuns, o Beondegi, as pupas do animal são cozidas no molho de soja e servidas como petisco. O alimento pode ser encontrado tanto nas ruas quanto em supermercados, em versões enlatadas. É um lanchinho bastante popular entre pessoas de todas as idades.
Um dos petiscos mais tradicionais do Comboja, as tarantulas fritas são uma comida de rua, popular principalmente na cidade de Skuon. Criadas em buracos no solo em aldeias da região, as aranhas são capturas quando atingem a maturidade e fritas em óleo quente, ganhando crocância. A sua venda atrai não apenas os moradores locais, mas também muitos turistas aventureiros.
Stinkheads são cabeças de salmão fermentadas. Elas são colocadas em barris de madeira e depois enterradas no chão, onde permanecem por uma semana. Após o processo, quando adquirem cor e cheiro fortes, são utilizadas na produção de ensopados ou desfiadas para consumo direto. O alimento é tradicional dos povos Yup’ik, do sudoeste do Alasca.
Hakarl significa tubarão podre em islandês e o prato é exatamente o que o nome indica. A iguaria tradicional da cultura do país é preparada com a carne do tubarão-da-groelândia, venenoso se consumido fresco. Cortado em pedaços, o animal é enterrado até apodrecer, o que leva entre seis e 12 semanas. Depois, a carne é pendurada para secar entre duas e quatro semanas.
O ovo centenário é uma iguaria da culinária japonesa produzida a partir de ovo de pata, galinha ou gansa envolucrado em uma mistura de argila, cinzas, sal e amido de arroz. Em seguida, ele é maturado durante semanas ou meses, e, por fim, está pronto para o consumo. O interior do alimento ganha um aspecto completamente diferente, tomado por cores escuras.
O Japão é conhecido pela qualidade dos peixes utilizados em sua gastronomia, em especial o atum. Nem mesmo os olhos do animal escapam do paladar local. É comum encontrá-los em supermercados de algumas regiões do país. Embora exótico para nós, o ingrediente é bastante comum na mesa japonesa.
“Casu Marzu” significa queijo podre em sardo, língua falada na região da Sardenha, onde surgiu. Ele é produzido a partir de leite de ovelha, mas o que dá a sua principal característica é a maturação, feita com o auxílio de larvas vivas de moscas. A ação digestiva das larvas faz com que o queijo alcance um nível avançado de fermentação, em um estágio praticamente de decomposição.
Bastante comum no leste da China, os ovos de meninos virgens dá muito o que falar. O petisco tradicional, encontrado com facilidade nas ruas, é preparado a partir da urina de crianças, preferencialmente menores de 10 anos. Os ovos são cozidos no líquido, coletado dos sanitários de escolas primárias. Acredita-se que o alimento faz bem à saúde.
O prato bastante comum nas Filipinas nada mais é do que ovos de pato cozidos. Até aí tudo bem, mas não se trata de ovos comuns. Eles possuem embriões do animal bastante desenvolvidos em seu interior. A iguaria é consumida também em outros países da Ásia, como China, Camboja e Vietnã. Além do pato, que é mais comum, ovos de outras aves também podem ser usados.